domingo, 1 de julho de 2018

Coletividade sem liderança

Nesse último mês muito tem se comentado sobre os times “capitaneados” pelos craques Messi e Neymar e o peso deles sobre os resultados obtidos por suas Seleções. Ambos estão sendo responsabilizados pelos erros e acertos do coletivo de seus grupos como se fossem líderes e exercessem esse papel de fato, mas notadamente não são.
Seria possível um grupo de pessoas que lutam pelos mesmos ideais chegarem aos seus objetivos sem uma liderança definida? Não confunda liderança com organização, pois sem organização com cada indivíduo tomando decisões e agindo ao seu jeito, certamente os resultados esperados jamais seriam alcançados no tempo necessário.

Liderança técnica não é o mesmo que ser líder de um grupo. Não é porque você é muito bom no que faz que conseguirá exercer o papel de liderança sobre os demais, é necessário agir e ter características para ser reconhecido e aceito como tal pelos outros.
Nesse contexto, acredito que muita injustiça acaba sendo feita pela opinião pública e principalmente pela imprensa, uma vez que esses jogadores não podem e não devem ser cobrados por algo que jamais foram e provavelmente nunca serão: líderes. Eles não possuem características e provavelmente não querem ser, pois quando pressionados demonstram queda de rendimento e desiquilíbrio emocional aparente.

A forçação de barra é tão grande que podemos ver Messi chamando os companheiros na frente das câmeras para dar instruções, visivelmente desconfortável por ter que assumir o papel, os outros jogadores apenas escutam, mas não esboçam nada. Palavras só possuem valor quando vindas de quem dá valor a elas. Messi não é líder, mas é o melhor tecnicamente deles. Quando tenta fazer o papel de algo que não é por obrigação, acaba se sobrecarregando e perdendo capacidade de exercer aquilo que mais sabe, jogar futebol em sua plenitude.

O mesmo é visto no Brasil, com Neymar sendo cobrado da mesma forma e agindo como uma criança mimada, porque ele sequer sabe como um líder deve agir e nem deveria saber, porque ele não é um. O desiquilíbrio emocional, tomadas de decisão erradas e a fuga de entrevistas são a amostra de que realmente não se pode desenvolver um papel de algo que não é.

Brasil e Argentina pecam na mesma dose por culpa dos seus comandantes. Sampaoli que não consegue comandar a própria seleção, obviamente não possui autoridade alguma para delegar esse papel a alguém. A Argentina é um amontoado de bons jogadores do meio pra frente, que age da forma como eles querem, com facções de pensamentos diferentes entre os próprios jogadores, mas que disfarça para as câmeras que Messi os lidera para tirar o peso das costas dos demais. Esse é o preço por ganhar mais, ser o mais conhecido e não conseguir decidir sozinho (algo impossível atualmente em um esporte coletivo). No Brasil, Tite fala muito e acerta pouco na questão administrativa organizacional do grupo. Fazendo rodízio de capitães nos jogos, acaba promovendo um grupo sem referências, de garotos que choram e não sabem para quem recorrer dentro do campo. Quando algo não sai como desejado, podemos ver que todo grupo se contamina e notamos 11 Neymares em campo. Ele não é líder, mas foi eleito pela opinião pública, por ser o expoente técnico e/ou por ganhar mais e assim tacitamente os seus companheiros sem saber para onde correr, também o veem como líder. Um erro, mas que não é corrigido por ninguém e na omissão de Tite, cada vez se consolida mais.

Saindo do futebol e indo para o seu dia a dia, você se vê liderado por alguém? Você é líder? Você é cobrado como um, mas não tem as características?
Agora antes de criticar uma pessoa que está fazendo errado esse papel, tente entender: será que ele não foi colocado por alguém de forma errada nessa posição? Quantos Messi e Neymar temos em posições que não estão preparados para exercer?
Porque ninguém aborda o tema de forma científica? Até quando ignorarmos os princípios de gestão e pensarmos no pensamento mágico de que algum salvador irá solucionar tudo no acaso, nada irá funcionar, seja no futebol, seja na sua casa, na sua empresa ou na política.

Saudações Tricolores
@Tiago_A77aque

quinta-feira, 8 de dezembro de 2016

Do inferno ao Céu – Deus e o Diabo são gremistas

               

                A cada gota de lágrima derramada por nós entre 2004 até os últimos dias na fila, o Diabo sorria, e não era porque estava feliz pelo nosso sofrimento, mas sim porque era a maneira de nos fortalecer e demonstrar a dimensão desse clube quando o triunfo fosse alcançado.

                É inegável que o tamanho desse campeonato é diretamente proporcional ao hiato entre as conquistas, a forma como ele foi conquistado foi de um time avassalador em campo, inspirado divinamente pelos céus: entra em campo o torcedor Deus.

                O campeonato teve a dramaticidade digna do jeito que o Diabo gosta: com seus vilões, mas paradoxalmente os mesmos se tornaram heróis graças as mãos divinas de Deus. O que falar do ano dramático e muito criticado de Bolaños, o autor do primeiro gol da competição contra o Atlético paranaense (se não fosse esse gol não seriamos campeões), e também do último gol da competição; de Grohe que de frangueiro que não sabia sair do gol e braços curtos a pegador de pênaltis; do Capitão Desumano frouxo que virou o dono do meio campo: barbudo como De Leon e com sobrancelhas delineadas ao seu estilo; dos laterais contestados e colocados à prova em todo campeonato sobressaíram aos adversários; do Luan soneca que fez um dos gols mais lindos do ano; de Pedro Rocha que nem jogador de futebol era e virou o HEROI da conquista; do Wallace que era mascarado e se tornou o motor do meio campo; do Ramiro anão que só servia pra jogar pebolim e se tornou gigante quando preciso; do Pança de cadela preguiçoso, vagabundo e ex que se tornou o melhor meio campo do Brasil: o maestro; e por último da dupla que simboliza esse texto, os guardiões da Copa, Geromel e Kannemann: a personificação de Deus e do Diabo (nessa ordem) em campo.

                O Grêmio foi campeão da maneira mais grandiosa, bonita e sofrida, como é a sua cara, como se fosse escrita pelos maiores gremista de todos, e de fato foi: por Deus e pelo Diabo.


                Solte o grito torcedor: Somos PENTA CAMPEÕES!

Saudações Tricolores
@Tiago_A77aque

quarta-feira, 20 de julho de 2016

Triângulo mágico - Me apedrejem


Eu sei que muitos vão querer a minha cabeça por ventilar essa ideia, mas com a péssima fase de Giuliano e a saída de Luan para disputar as Olimpíadas, porque não testar algumas alternativas? Talvez até Giuliano seja negociado e nós teremos que recompor com aquilo que temos em casa, tendo em vista que a janela para contratações de maior porte já esteja fechada.

Venho propor o seguinte teste:

Bolaños jogando pelas pontas (atuou muito nessa posição) e Everton pela outra, Douglas centralizado e Henrique Almeida na frente, jogando como referência, mas também sendo móvel e podendo trocar de posição com os demais, uma vez que é ágil e rápido.

Acredito que criticar sem ter testado jamais esse posicionamento seria algo injusto, tentar não custa nada e digamos que nosso treinador já fez testes bem piores, principalmente aqueles com Bobô na frente. Creio que podemos buscar na necessidade de mudança um diferencial competitivo a mais. 
Bolaños quer jogar e H. Almeida se mostrou muito confiante na sua recuperação se tiver sequência. Eu acreditaria

Porquê não??? Basta treinamento e sequência

Concorda? Opina aí ou no twitter

Saudações Tricolores
@Tiago_A77aque






quinta-feira, 14 de julho de 2016

Ano eleitoral no Grêmio – O apocalipse se avizinha

              
               Todo ano eleitoral no Grêmio a receita se mantém, principalmente se o time estiver na ponta de cima da tabela brigando pelo título ou Libertadores, os acontecimentos se repetem e vão desde manchetes na imprensa do RS sobre técnicos ameaçados de prisão (vide Roth em 2008 por evasão de divisas), até Luxemburgo não poder exercer a profissão de técnico por não ter inscrição no conselho de educação física.

                Mas infelizmente, engana-se quem pensa que o maior mal ao clube e à política é proporcionada pela imprensa. O maior mal é feito pela torcida.

                Nessa época, movimentos políticos pró e contra começam a se manifestar e articular suas jogadas e no calor da disputa muitas vezes acabam esquecendo a quem prejudicam, o Grêmio.

                O cenário político do clube é um microambiente da política brasileira, e não digo pela corrupção, mas sim pelo combate deplorável que geralmente é travado, denegrindo a imagem da torcida, do clube, depreciando a marca Grêmio e muitas vezes criando crises que podem sim afetar o grupo de fora para dentro.

                E quando digo que a torcida acaba fazendo mal ao time, me refiro aos embates travados, muitas vezes por torcedores comuns que nem na política estão e acabam contaminados pelo ódio oriundo das brigas políticas e seus egos, e claro também pelos cabos eleitorais que muitas vezes preferem secar o time para ter do que reclamar, ou então encobrir falhas claras, ao invés de corrigi-las exemplarmente, vivendo em um mundo paralelo perfeito.

                Gremistas, essa época se aproxima! Não sou ninguém para pedir isso, mas apenas faço um apelo para que pensem no Grêmio sempre em primeiro lugar, temos um campeonato pela frente, nada de cair na onda da boataria e da lenha na fogueira posta pelos caça cliques esportivos da imprensa gaúcha (não generalizo, falo daqueles que fazem isso) e dos maus exemplos políticos!


Saudações Tricolores 

quarta-feira, 3 de setembro de 2014

OBRIGADO STJD - FIM DO RACISMO NO FUTEBOL BRASILEIRO



Guardem essa data, amigos! Hoje, dia 03/09/2014 foi decretado o fim do racismo no futebol brasileiro. Afinal, com a exclusão do Grêmio da Copa do Brasil, vários erros serão reparados e daqui pra frente esse fato não irá mais acontecer dentro de nosso país.

Agora a parcela da sociedade e mídia que são JUSTICEIROS, poderão dormir sossegados, uma vez que esse crime foi extirpado da sociedade, o Grêmio virou simbolo da vergonha e está sendo discriminado pelos mesmos que pregam o fim da DISCRIMINAÇÃO e julgam nossa torcida de forma generalizada, sendo que são os mesmos que são contra qualquer forma de PRECONCEITO.

Obrigado mídia do Brasil (principalmente maior parte do eixo), que nos mostrou o quão horrível são os atos do povo gaúcho e principalmente da torcida gremista, que tem encrustado na sua alma essa marca terrível de ser racista, bairrista, narcisista, nazista e todos istas.

Com a exclusão da Copa do Brasil, sabemos que todo mal foi sepultado e que a CBF, STJD e Globo fizeram o seu papel para o bem da sociedade brasileira. Globo que por sua vez sempre fazendo novelas e séries que nos conscientizam da importância de vivermos todos em harmonia, tendo papel primordial para que nos estádios JAMAIS ninguém tenha disparado injúrias racistas ou de qualquer outra forma ofendido ninguém, pois nunca fomos mal tratados em outros Estados da Federação e tampouco sendo hostilizados, intimidados ou chamados de viados, por exemplo.

CHEGA DE IRONIA!


Em tempo, gostaria de agradecer a grande atuação dos advogados gremistas, que dentro das possibilidades conseguiram de certo modo um bom resultado, uma vez que praticamente já estávamos desclassificados independentemente do jogo da volta.
Poderia ter sido muito pior se tivessem se deixado levar apenas pelo "clamor popular" estigado pela Globo, ESPN e Placar da vida, que praticamente mostraram apenas uma versão dos fatos e não mostraram em momento algum nenhuma das ações do clube, apenas demonizaram a Instituição.
Também agradecer a habilidade da direção do Grêmio, que de forma providencial suspendeu a Geral antes do julgamento, pois o STJD já estava armado até os dentes para ferrar o clube com os fatos ocorridos no último domingo.

Para encerrar, fica aqui um trecho simples, mas real e genial, dito pelo advogado Michel Assef Filho:
"Punir um clube que combate o racismo é um "desestímulo" às campanhas contra o preconceito".

Espero virar essa página e agora só comentar o Grêmio com amigos e colegas, chega! Agora é apoiar O CLUBE, a INSTITUIÇÃO

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segunda-feira, 1 de setembro de 2014

Geral - Está se lixando para o Clube?

Parece que a Geral está pouco se lixando para o Clube

Gostaria eu de voltar a escrever nesse modesto blog num momento de euforia provocado por vitórias e mais vitórias e por deslumbrar um titulo, mas nesse momento em que o futuro do Grêmio passa a se decidir fora das 4 linhas e após muitas coisas serem veiculadas pela imprensa do eixo principalmente, acho que eu queria apenas desabafar e usarei o blog para isso.

Hoje ninguém é capaz de sintetizar exatamente o que está acontecendo com o Grêmio, se faltava apenas a gota d'água pra tudo ir para os ares, então isso ocorreu no jogo contra o Santos. Os fatos de injúria racial eu não irei comentar porque o assunto é batido, maçante e já de conhecimento de todos, apenas irei tratar dos desdobramentos que essa atitude inconsequente e desrespeitosa está nos trazendo.

Quando o Grêmio anunciou Felipão, eu disse na hora que voltamos a ser os mais odiados pela mídia do centro e também das torcidas rivais, os fatos ocorridos mancharam a imagem da instituição de forma grosseira, inclusive por injustiças e calúnias que foram disparadas a todo momento contra o Grêmio. Não bastasse esse momento de indefinições, às vésperas de um julgamento, a torcida Geral cantou os cânticos com a palavra proibida em alusão ao inter, o que acabou por prejudicar o Grêmio e fazendo com que a direção no dia de hoje definisse pelo término das atividades dessa torcida por tempo indeterminado.

Uma torcida jamais será maior que a Instituição Grêmio, mesmo sabendo da sua importância durante e pós-rebaixamento (mesmo que alguns membros fossem pagos para isso, segundo a ZH), porém, tomaram um tamanho e voz que nem o Grêmio sabia como administrá-los.
Uma torcida que ofende um campeão Mundial e Bi da Libertadores, gritando "HEY KOFF, VTNC" apenas porque era adversário de Odone e não repassava verba, não me representa.

Gostaria de salientar a postura de Fábio Koff, que mesmo sem nenhum titulo, está fazendo história ao resgatar um contrato pífio costurado pelo "pai da Geral" e agora tomando uma decisão que irá mudar drasticamente o rumo do Grêmio e sua torcida. Ele é um homem que definitivamente veio para marcar na história do clube, seja por conquistas, seja por feitos que até hoje nenhum outro teve habilidade e/ou coragem para fazer.

No que isso irá resultar, só saberemos nos próximos jogos, porém o fato é que até Homero Bellini disse em entrevista a rádio Gaúcha que iria acatar e concordar com qualquer decisão que a atual direção tomasse e que era contra qualquer forma de repasse a torcidas organizadas. Se a Geral está tendo sua voz calada na cancha, terá também dentro da política do clube.

Apenas espero que não queiram de toda forma usar o Grêmio de bode expiatório, uma vez que em todos os jogos fora do RS temos que ouvir o coro do "GAÚCHO VIADO e ARERE GAÚCHO DA O C* E FALA TCHÊ" e os hipócritas do eixo nada falam.

Para finalizar, quero deixar a opinião do Alemão Fernando, que ao meu ver, sintetizou o momento de forma cirúrgica em alguns tuites que coloquei na íntegra:

Canoas, Rio Grande do Sul
Alemao Fernando @_AlemaoFernando · 56 min
"Clube esta corretissimo ,depois de ontem eu nao tenho duvida alguma.Sou da seguinte opiniao ou tu esta a favor ou esta contra o clube. Se esta contra esta contra entao fora .
O que pra alguns e politica pra mim e defesa da instituicao .
Koff tem tanto medo da influencia politica da geral que ganhou a ultima eleicao um pe nas costas.
Vivi a geral durante anos , mas ta foda torcida ta sendo usada para outros fins que nao e torcer pro gremio.
E lamentavel que isto ocorra mas clube agiu muito certo.
Geral nao tem que acabar ,apenas tem que se adequar com o momento simples, nao tem pq acabar com a torcida , mas devem ser feitos ajustes"
Obrigado ao amigo Alemão Fernando que permitiu seus posts para colaboração desse texto.
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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

RENATO - Ele entra em campo

Treinador praticamente entra em campo para defender a equipe

Após a vitória e classificação merecida contra o Santos pela Copa do Brasil na noite fria desta quarta-feira passada, pudemos constatar que o nome do jogo mais uma vez foi o treinador Renato Portaluppi.

Poderia exaltar qualquer outro fato importante ocorrido no jogo (foram muitos), como as tabelas rápidas que começam a aparecer devido o entrosamento dos jogadores, o senso de marcação e entrega ou então porque não até as falhas que a nossa defesa vem cometendo e que ontem se não fosse a falta de inteligência do jogador do Santos (passou a bola em impedimento), a história poderia ser outra. Mas não, vou exaltar fazendo JUSTIÇA o nome de Renato Portaluppi.

Após a entregada de Bressan que as vezes comete erros bizarros (parece que herdou do Cris essa mania), Renato mostrou o porquê é diferenciado e porque seu grupo o respeita tanto e está fechado. Ao contrário de muitos que sacariam o jovem garoto oriundo de um time do interior ou então xingariam sem dó, Renato fez como um bom pai ao filho, deu força, o abraçou, porém sem deixar de orientar e dar um puxão de orelha de leve.
Renato também olhou para torcida imediatamente e pediu calma para com o garoto, como quem diz "calma com o guri, deixem ele comigo que eu saco das coisas!"... Não deu em outra, Bressan teve a CONFIANÇA que precisava para continuar no jogo e não se deixar abalar.

Em várias entrevistas dados por Barcos, podemos notar que é rotineiro o uso da palavra "CONFIANÇA", pois bem, Renato Portaluppi trouxe exatamente isso ao grupo de jogadores e aos poucos vai trazendo também para a nossa torcida.

Ontem quando ele apostou no garoto Maxi Rodriguez e o mesmo tropeçava nas próprias pernas, eu já pensava em começar a sessão corneta, porém logo em seguida saiu dos pés do garoto o 2º gol do Grêmio. Mais uma jogada de mestre de quem tem estrela.

Renato não atua mais dentro das 4 linhas, mas parece continuar tão genial e imprevisível fora delas como quando usava a 7 IMORTAL.

Que venham os adversários, Renato nos trouxe a confiança novamente para desafiar qualquer um!

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